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A palavra é de André Carvalhal, presidente da TMC Brasil – Associação das Empresas Administradoras de Viagens de Negócios do Brasil, entidade que reúne cinco grandes agências de viagens corporativas: o mercado de viagens de negócios apresentou um cenário desafiador para os associados no primeiro semestre de 2009, mas mostra sinais de recuperação. Segundo ele, o segundo semestre deve fechar com resultados pouco abaixo dos obtidos nos seis últimos meses de 2008.

O volume de vendas registrado no primeiro semestre de 2009 pelos sócios da TMC Brasil foi de R$ 1.115.876.319,00, valor que representa uma queda de 22,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas não são surpresa para Carvalhal, que explica que “desde o agravamento da crise no final de 2008, já sabíamos que as agências de viagens corporativas enfrentariam um período de queda em 2009 porque muitas empresas já haviam sinalizado que iriam diminuir sensivelmente os custos com viagens”.

Diante deste cenário, houve uma diminuição no volume de vendas de passagens aéreas internacionais, que representam, aproximadamente, 25% do total. Em 2008, os gastos foram de R$ 412.260.273,00 contra R$ 278.041.681,00 do primeiro semestre de 2009, uma queda de 32,6%. Já o recuo com a aquisição de passagens nacionais, que geram 42% do total de vendas das agências associadas à entidade,  foi de 29%, ou seja, de R$ 656.236.176,00 caiu para R$ 466.185.233,00. O volume gasto com despesas de hospedagem também sofreu queda de 11,8% e com as locadoras, tamém diminui, embora menos, 5,2%.

Para efeito de comparação, estes números não incluem os dados da AMEX Business Travel, que foi comprada pela Flytour Business Travel e deixou de fazer parte da associação, bem como da Master Corporate, braço de viagens corporativas da Mas Turismo, que passou a ser associada da TMC no primeiro semestre deste ano.

Sengundo André Carvalhal, “a diminuição do volume não acontece somente devido à diminuição de viagens, mas também pelo fato de muitas empresas terem optado pela classe econômica para cortar custos”, explicando que “outro ponto que agravou a tendência negativa foi a gripe suína, uma vez que grande parte das companhias suspenderam ou diminuíram o volume de viagens”.