Talvez nenhum outro país estrangeiro tenha estado tão presente na vida dos brasileiros ao longo do tempo quanto o Egito, seja através das aulas de história, dos mais diversos filmes no cinema, dos livros e das notícias nos jornais e revistas.
Pirâmides, faraós, múmias, sarcófagos, técnicas de embalsamento, papiros, camelos, beduínos, oásis, miragens e o deserto têm feito parte, de uma maneira ou de outra das vidas de brasileiros de diversas gerações. Um olhar atento pelas nossas ruas, feiras e lojas descobre com facilidade papiros, pirâmides e até miniaturas de máscaras mortuárias.
Berço de uma das mais antigas culturas do mundo, há séculos o longínquo e exótico Egito atrai a atenção e excita a imaginação de aventureiros, exploradores, cientistas e, claro, turistas do Brasil e do resto do mundo. Logo, se faz parte do imaginário do brasileiro, passa a ser um destino interessante para viagens de incentivo e premiação.
O imperador Dom Pedro II, por exemplo, fez questão de visitar o país em 1871 e gostou tanto que repetiu a dose 1876, numa época em que essa viagem implicava em muitos dias a bordo de navios e trens.
Voando para o Egito
Hoje, o trajeto do Brasil até o Egito é feito por avião e leva menos de um dia. Apesar de não serem oferecidos vôos diretos, a ligação é feita por um variado leque de empresas aéreas, que oferecem a opção de conexões na Europa, no Oriente Médio ou na África. Não é preciso visto, basta estar com o passaporte em dia e ter o certificado de vacinação contra febre amarela.
Uma das opções de transporte aéreo mais interessantes é a oferecida pela Turkish Airlines, em função do conforto dos aviões utilizados, da qualidade das refeições e do serviço de bordo, da ampla opção de entretenimento à disposição em cada poltrona, do tempo total de vôo e da ótima estrutura do aeroporto de Istambul, na Turquia, usado para conexão.
A Comfort Class, listada como Turística Premium, mas à altura de muita classe Executiva oferecida por outras empresas, possibilita oferecer aos passageiros de incentivo acomodação e tratamento diferenciados por uma tarifa pouco superior à promocional praticada na classe Turística.
A conexão, que à primeira vista poderia ser considerada um ponto negativo acaba se revelando muito positiva. Uma simples visita à ampla área de embarque e trânsito do aeroporto de Istambul já é uma experiência enriquecedora. Com sua localização estratégica, o aeroporto serve de ponto de conexão para passageiros de todo o Oriente Médio, do Leste Europeu, da África e do resto do mundo, que com suas roupas, hábitos e línguas criam um fascinante caleidoscópio.
Além disso, essa área oferece boas e variadas opções de alimentação, lojas free shop, de griffes e de conveniência e até mesmo um hotel. O intervalo entre a chegado do vôo do Brasil e a decolagem para a cidade do Cairo, capital do Egito, é de apenas três horas, tempo suficiente para um bom café turco, comprar algumas lembranças e se movimentar um pouco.
O ideal, numa viagem de incentivo, de lazer ou até mesmo de negócios, é transformar essas três horas num parada de no mínimo um dia para ajudar a dar o corpo se adaptar ao fuso horário, descansar um pouco e conhecer um pouco da mítica Istambul.
Numa viagem de incentivo, isso com certeza pode ser muito bem aproveitado. A Turquia oferece excelentes empresas de gerenciamento de destino (DMAs), como a Meptur, por exemplo, que podem ajudar a organizar uma estada inesquecível na cidade.
Impressões do viajante
A primeira impressão que se tem ao chegar pela primeira vez ao Egito é da onipresença do deserto e da sua areia, que está por todo lado. Antes mesmo de chegar, basta olhar pela janela do avião que essa impressão já bate forte. Do alto, as ondulações e a ausência quase que absoluta de cidades e vegetação lembram a imagem de um oceano.
No chão, bate forte a sensação de que a regra é o deserto. As cidades são a exceção. A areia domina, seja fisicamente ou em praticamente quase todas as superfícies ou nas cores. Se as cores pastel tiveram um berço, foi aqui.
O verde, mesmo às margens do mítico rio Nilo, leva uma camada de bege. O rio, que corta e praticamente divide o país de Norte a Sul, confirma a frase do historiador grego Heródoto, que cinco séculos antes de Cristo afirmava que “o Egito era uma dádiva do Nilo”.
Alguns quilômetros à sua direita e esquerda, plantações tiram proveito da água e dos nutrientes deixados no solo pelas enchentes. Passado esse cinturão, o deserto e o calor voltam a dominar. E num ambiente desses, a sobrevivência do homem é uma batalha diária.
Por isso mesmo, a segunda impressão que fica é de respeito e admiração a esse povo humilde e batalhador, que há milênios convive com a areia e o calor. Extremamente amistosos e hospitaleiros, os egípcios cativam pela cordialidade. Adultos, crianças, idosos, homens e mulheres, sem distinção, sorriem e acenam para o visitante, superando a barreira da língua.
Aprender e usar algumas palavras em árabe, então, faz milagres. Não é preciso ir muito longe. Um “Salam” (olá), contração de “Salam aleikum” (a paz esteja com você) e um “Shukram” (obrigado) já fazem milagres. A idéia não é exibir os dotes lingüísticos, mas mostrar que se respeita e se importa em agradar quem nos recebe falando algumas poucas palavras na sua própria língua.
A oferta comida é farta e variada, com pratos saborosos que seguem a tradição árabe. O uso de temperos mais fortes é cuidadoso e o turista não corre o risco de estranhar. A tentação de experimentar a comida na rua é grande, mas é melhor se restringir aos restaurantes e lanchonetes. Talvez a única precaução mais séria seja em relação à água, o que explica o uso generalizado de água mineral.
O câmbio é bastante favorável, o que torna o preço da hospedagem, da alimentação e até das lembranças para trazer para casa muito acessíveis. Comprar pode ser muito divertido para quem resolver testar o costume árabe de negociar.
No caso dos vendedores de suvenires que infestam as atrações turísticas, o primeiro preço pedido cai rapidamente pela metade ou até menos. Nas lojas isso já não funciona. A grande pedida para trazer para casa presentes e lembranças diferentes é fugir das especializadas em artigos para turistas e explorar as destinadas aos próprios egípcios.
Em momento algum é possível esquecer que se está em uma sociedade conservadora e árabe. É extremamente raro ver uma mulher com os cabelos descobertos e nos numerosos cafés, espalhados por todos os cantos da cidade e freqüentados a qualquer hora do dia, o público é exclusivamente masculino.
Cairo, a capital, é uma megalópole de dezessete milhões de habitantes que mistura bairros modernos que poderiam estar facilmente em qualquer capital européia, outros mais antigos e outros ainda definitivamente pobres.
Grandes avenidas, viadutos, vias expressas e muitas pontes sobre o Nilo, que a corta ao meio, facilitam a circulação dos habitantes, com o auxílio de um metrô de superfície, ônibus multicoloridos, micro-ônibus e um número aparentemente infindável de vans.
Alheios a esse lado moderno, numerosas charretes puxadas por burricos e triciclos de carga circulam pela cidade toda com tranqüilidade, como se estivessem em uma cidadezinha do interior.
A estrutura de hospedagem é excelente e inclui um bom número de hotéis de quatro e cinco estrelas das melhores cadeias internacionais, o que é garantia de um elevado padrão de hospedagem, serviços e alimentação. A oferta de DMCs e operadoras turísticas é bem ampla, assim como a de empresas de transporte executivo.
Atrações
Talvez o mais conhecido símbolo do Egito em todo o mundo, as pirâmides que serviram de túmulos para os faraós Quéops, Kéfrem e Miquerinos, localizadas em Gizé, subúrbio da cidade do Cairo, hoje estão praticamente rodeadas pela cidade.
Além de impressionarem pela sua magnitude e engenhosidade, elas proporcionam uma oportunidade para um passeio de camelo, figurinha carimbada do roteiro dos turistas que visitam o Egito.
Um local que não pode deixar de ser visitado no Cairo é o Museu Egípcio, onde está reunido o amplo acervo que documenta detalhadamente a vida dos egípcios no tempo dos faraós. Entre milhares de artefatos, impressionam os riquíssimos encontrados no túmulo do faraó Tutankamon.
Uma pedida essencial é uma visita a Luxor, capital do Egito na época dos faraós e, por isso mesmo, local de uma coleção riquíssima de templos, monumentos e tumbas. Além disso, é de lá que partem os cruzeiros fluviais e percorrem o rio Nilo até Abu Simbel, onde valiosos templos esperam o visitante.
Em resumo, uma viagem fascinante, que merece ser feita mesmo pelo viajante mais experiente. O Egito é um destino que convida a explorar e deixa gosto de quero mais. Vale a pena considerá-lo na hora de escolher o destino de uma viagem de incentivo exótica e culturalmente muito rica.